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quinta-feira, novembro 18, 2010

Especial Lua - Mitologia

A Lua é o arquétipo do feminino, a luz feminil.
Carta Tarot, simboliza o oculto, mistérios

Durante grande parte da história humana, a Lua teve maior importância simbólica que o Sol.

O folclorista Charles Leland, em 1899 em seu livro de contos, produzido a partir de pesquisas sobre bruxas italianas faz referência aos dias em que a deusa Lua reinava suprema. Intitulada Aradia: O Evangelho das Bruxas, a história conta como havia, originalmente,  dois principio da natureza: o feminino ou a Lua chamado Tana (Diana) e o masculino ou o Sol, chamado Lúcifer.
Tana perseguiu Lúcifer pelo céu até que conseguiu apanhá-lo; seduziu-o e ficou grávida. A filha dessa união foi Aradia, a padroeira das Bruxas.

Alguns estudiosos acreditam que, no período neolítico, sacerdotisas armadas com foices de pedra (simbolizando a Lua crescente) perseguiam homens pelos bosques sagrados, às vezes para fazer amor com eles, outras para sacrificá-los. (hummm...)
Crenças como essa remontam ao período paleolítico, quando a Grande Deusa e o Deus Cornífero (senhor das florestas e da terra) eram as únicas divindades conhecidas. Naquela época, o próprio tempo era contado pela Lua.
No período neolítico, a Lua era adorada como a grande deusa da vida e da morte e o crescente e o minguante da Lua eram símbolos do ciclo de toda a vida terrestre.

A cruz com quatro direções, um símbolo de completude, frequentemente representava a Lua. outro símbolo lunar que remonta o período neolítico é o touro, cujos chifres assemelham-se a uma Lua crescente e cuja vitalidade sexual é emblemática da força vital.

Como a água simboliza o sentimento e como a Lua tem forte influência sobre as marés, é natural associar a Lua aos sentimentos; isso coloca a Lua, principalmente, em um modo feminino.

Nos tempos antigos, a própria Grande Deusa era percebida em fases; apesar de seus muitos nomes, tinha três aspectos principais.
No início, era a ninfa ou donzela, correspondente a Lua nova ou crescente. Ela é uma jovem que corre livre pelas montanhas, unida a toda a natureza. Cheia de vigor e vida, dança pelos campos, brincando com animais e flores. Está completa em si mesma e foge de relacionamentos sérios. Se for sexualmente ativa é a Ninfa,  virginal é a Donzela, mas em ambos os casos ela é pura, inocente e esperançosa. Representam esse tipo Ártemis e Diana.
Como Lua Cheia, a deusa se manifestava como a mãe, com a barriga redonda como a Lua cheia. As chamadas "deusas gordas" do neolítico ilustram esses aspecto fértil e fecundo da Lua. Nessa segunda fase, ela é totalmente absorvida em uma relação, seja com seu parceiro ou ainda mais importante, com seu filho; tornou-se uma luz branca radiante que ilumina todos os apaixonados, os amantes que estão em "lua"-de-mel, a fase mais encantadora da Lua.
Como a Lua minguante, a deusa se manifestava como a anciã sábia. No último quarto do ciclo minguante, ela se apressa para atingir a invisibilidade. Fica nua diante da deusa do mundo subterrâneo, descobre a si mesma e encontra o caminho para a luz (o Sol) ou, como Perséfone unindo-se a Hades nas profundezas do mundo subterrâneo, ela ganha a sabedoria para iniciar todo o ciclo novamente. Hécate, chamada deusa das bruxas, representa essa fase. Ela conhecia ervas e elixíres mágicos, curas populares e o controle do clima. A imagem do cão uivando para a Lua foi associada a Hécate. Esse "cão-da-lua" é muito antigo, pois é encontrado em cerâmica balcânica de 5000 a.C. (Antes de Cristo e não Ana Cris tá?...rs...)
Hécate era também a deusa das encruzilhadas, onde se acreditava que as bruxas realizavam seus rituais, o que é uma reminiscência do neolítico, quando a cruz de quatro direções era um símbolo lunar.

A chamada Deusa Lua dos gregos, Selene, raramente aparece na mitologia.

Uma deusa-lua particularmente dinâmica é Arianrhod e é chamada de "A Dama da Roda de Prata". O rei mandou chamá-la porque supostamente era virgem ( a Lua crescente) e por isso era candidata ao cargo de massageadora dos pés do rei.
Mas Arianrhod já era mãe (Lua cheia) e dá à Luz duas crianças no chão do palácio e foge em seguida. A primeira criança é chamada de Dylan, é um deus do mar. O nome do segundo filho é Llew Llaw Gyffes, o Brilhante, e Habilidoso.

Em um mapa astrológico, a Lua funciona, principalmente como um receptáculo, como um caldeirão da deusa que se tornou, na lenda medieval, o santo Graal. Tudo o que experimentamos converge para o útero da Lua. Por isso a Lua é tradicionalmente associada a memória. Tudo o que lembramos, tudo o que experimentamos, está guardado no caldeirão da deusa. Assim, a Lua representa nossos sentimentos, nossos hábitos; em suma, o inconsciente pessoal.

Os primeiros calendários eram lunares e, de fato, há 13 meses lunares em uma ano solar, fato que pode ter a ver com o número 13 ter ganho a fama de azarão aos olhos cristãos. O número 13 era ligado à deusa como o número de luas cheias do ano. Se o calendário lunar ainda estivesse em uso, teríamos 13 meses de 28 dias e meio cada. Curiosamente, a única cultura no mundo moderno que ainda utiliza o calendário lunar é a mais patriarcal de todas, o Islã, simbolizado pela Lua Crescente.

Alguns livros chamam a Lua "personalidade", outros dizem que é o "ego", outros ainda de "alma", simboliza "Mãe" e "Sentimentos".
A Lua permanece envolta em mistérios, como talvez seja o correto, pois é a Guardiã dos Mistérios Sagrados.

Nas próximas semanas: A Lua sob os arquétipos de Jung, Lua na Astrologia, mapa astral e seus significados em cada signo e as fases da Lua, acompanhe!

1 comentários:

Luciana Onofre on 18 de novembro de 2010 às 06:57 disse...

Sou uma "lunática" assumida... =)

O button do blog de vcs não aparece no meu blog, copiei o código mas não aparece, dá uma olhadinha lá:

http://delakasa.blogspot.com/

grata,

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